Retrato em branco e preto
Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cór
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali sozinho
Eu vou ficar, tanto pior
O que é que eu posso contra o encanto
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto
E que no entanto
Volta sempre a enfeitiçar
Com seus mesmos tristes velhos fatos
Que num álbum de retrato
Eu teimo em colecionar
Lá vou eu de novo como um tolo
Procurar o desconsolo
Que cansei de conhecer
Novos dias tristes, noites claras
Versos, cartas, minha cara
Ainda volto a lhe escrever
Pra lhe dizer que isso é pecado
Eu trago o peito tão marcado
De lembranças do passado
E você sabe a razão
Vou colecionar mais um soneto
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração
Listen to >>ELIS interpretation
Chico Buarque/Tom Jobim
4 comentários:
gosto mto d este tipo d poesia...assim melancolica...mas n gosto d saber k há kem s sinta mesmo assim...kem pense k n há volta a dar...pois, sabes como eu penso! por muitas voltas k possamos dar, havemos d encontrar a nossa luz... mais cedo ou + tarde...mas kem sou eu pa ditar tais coisas... pois sou akele sorriso malandro ;)****
Tudo o que no peito fica marcado... Se conseguissemos mostrar as cicatrizes... Grandes heroinas de guerras de realidades seriam as mulheres... alguns homens também (hoje muitos homens) E trariamos medalhas no peito... por sermos valentes e acordarmos todas as manhãs...
A Elis abandonou-se algures... Mas deixou muito para cada um...
pudesse eu arrancar
cada marca desse peito...
pudesse eu pintar
esse retrato do meu jeito...
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