maio 02, 2006

A

Tinha um caractere estranho junto ao sorriso inerte de seu olhar. Duas letras perplexas a amontoar as flechas da dor incontida flamejando desejo... Pedi-te, de mansinho, que te deixasses ir até ao recanto da luz ausente... mas na ausência perdeste-te da luminescência... fugacidade em voz marítima a reclamar essa ambição névoa, esse revoar gráfico, misto de peças mútuas a entrelaçaremos dedos...
Baba de aranha tecendo a ofuscante gosma fazendo-me prisioneira a ti...

1 comentário:

Ludmila disse...

Quando nos apaixonamos por um olhar.. Quando ficamos presos à alma que se deita no nosso olhar..
Quando nos ofuscamos com a possibilidade/certeza da felicidade perene..
Que a teia te seja suave.. E te leve a um céu maior!