Sentada...
Arrecadei as esperanças e deitei-me em meu túmulo. Não me lembro se antes , se depois de morrer... Só sei que a conversa não passava mais do que o sussurro das árvores a compactuarem um sorriso lesto comigo... assomava-se em minha direcção cada vez mais rápido cada vez mais mais e mais narcoticamente inevitável e insensível à coragem de minhas pernas que tremiam desnudadas na cadeira de seda... Era sonho? Cabisbaixei-me a ver se conhecia aquele chão. Sabia que lá fora havia luar. Havia uma luz prata a inundá-lo... Que conversa era essa... fugidia... enganadora... Trajava-se a noite de Primavera e eu não pude evitá-lo.... Sabia a sal e a pimenta esse fumo... essa corça enganadora a bater com seus passos pela floresta fora a alcançar-me... Inerte... fiquei inerte... as pernas tremiam cada vez mais... uma flor de pecado tocou-me e prendeu-se-me aos cabelos... mantive-me na cadeira... Julgamento de expulsão... crime almofada de tecto tumular, a dessa cadeira... deitei-me de mãos cruzadas no peito... deitei-me...? Acho que petrifiquei nos sete palmos... sentada...
2 comentários:
nesse fumo esbate-se o luar que o sonho trouxe
Os SNA convidam os seus membros a participar no blog que acaba de reabrir... Claro que o convite é extensível a todos os bloggers ( leiam as regras e tornem-se membros )...
Sexualizemos :p
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