Portões de sabre
Era inevitável encontrar os sapatinhos vermelhos debaixo da cama junto do rabinho do gato adormecido e esquecido ao pó... o gato vermelho que ambos, tu e eu fizemos de árvores só porque não nos apetecia chorar as lágrimas devidas... Promete-me... promete-me uma coisa muito simples... muito clara: não me deixes adormecer até transformar a energia desta fresta em novidade e estranhamento de petulâncias e infantis medidas sociais do dia a dia. Trevo da sorte em toda a rua verde à volta do castelo... ergue-se a ponte levadiça.. ergue-se e abate-se sobre o chão... vejo tuas listras no ventre... é madrugada... já se abrem e ouço teu choro a dizer , o coração a ficar, os olhos a vidrar e o corpo a partir...