dezembro 13, 2005

Ab Nortem

... Cirílico. O termo em si ofuscava-lhe a garganta de palavrões inimagináveis. Recostou-se junto à face do pontão que a abraçava... debaixo de si, nas estrias de madeira, roçava um tremer de ondas mansinho. Via-se a catedral dos pássaros mesmo ao fundo. Ou seriam morcegos inventando espirais em torno das vidraças... não eram senão gaivotas e gaviões que se afoitavam calmos pela insegurança da noite ainda a começar a acordar. Representando um sorriso de agonia, encheu-se de uma felicidade suprema marcada pela voz delével do olhar pairado no infinito azul, além-ondas...

2 comentários:

Anónimo disse...

Olhar crepuscular...alcancavél pelo raio de luz que nao morre no horizonte...A Luz que espero nunca se extinguir...

Anónimo disse...

Esquecimento fatal...a assinatura...SO invertido...Beijinho