maio 25, 2006

Somos humanos

Às memórias de um sorriso podemos juntar ícones importados de outros. A lassidão da vida oferece-nos uma oportunidade para jamais descansar dentro do templo de quem não sabemos conquistar a ranhura do tempo a esfiar-se pelo nó que tentamos enredar pelos dedos. Não nos sufoquemos de impedir o século da transparência bem-amada. Ficaremos no silêncio das trevas a julgar o impossível dentro do tédio. Não faremos mais que julgá-lo perante o tédio. Ao acordar diremos uma só palavra e essa palavra será uníssona mediante o entardecer. Se for larga, a noite encostar-se-à ao nosso ombro. Se for densa mergulharemos na penumbra multicor. Melhor será nem sequer pensar em nada, antes sucumbir todo o universo num parâmetro disforme. Medir os caminhos e a distância, observar os pássaros e as folhas das árvores a sorrir ao vento... Melhor será nem sequer motivar distâncias. As distâncias limitam-se a si próprias, a si próprias são limitadas as distâncias. Transparece redundância? Não existe redundância. Eis um termo inventado para nos desculparmos da repetição dos erros.

2 comentários:

Susano disse...

Objecto familiar em sensações imperceptiveis...

Ludmila disse...

Não redundamos apenas em erros.. Há casualidades redundantes de felicidade.. Espero que redundes abundantemente em felicidade!
Bj