janeiro 30, 2007

Mudez

foto: Angelica

Seguro meus lábios de encontro a meu peito...
Floresço-me devagar...
Sorrio-me devagar...
Não encontro os sonhos na pétala da tua boca...
Esqueço-me do mar
Escondo-me da vida
Frente a frente fujo-me

Limito-me a esperar de horizonte ao sol
Com a concha das flores agarrada à mão
E os olhos vidrados na nudez do sentimento

Calo-me...

janeiro 27, 2007

"Quem anda aí?...."

Foto: Superunknown

É um piko mau...
à tua espera
para te devorar...
Eh eh!

Arrogância

Foto: Karula

Despir-me da loucura inerente a mim...
Gritar atrás de um balcão de atendimento...


Anotem:
O Especial deixa de o ser quando esse alguém está convencido que o é...


Santa é a paciência de quem atura....

Acham-se todos tão especiais, tão importantes....
Nariz empinado
Silêncio no olhar de desprezo

(Acho que um dia danço mesmo atrás desse balcão)

janeiro 25, 2007

Esquizofrenia

Crazy

I remember when, I remember, I remember when I lost my mind

There was something so pleasant about that phase.
Even your emotions had an echo
In so much space

And when you're out there
Without care,
Yeah, I was out of touch
But it wasn't because I didn't know enough
I just knew too much

Is that make me crazy?
Is that make me crazy?
Is that make me crazy?
Probably

And I hope that you are having the time of your life
But think twice, that's my only advice
Come on now, who do you, who do you, who do you, who do you think you are?
Ha ha ha bless your soul
You really think you're in control

Well, I think you're crazy
I think you're crazy
I think you're crazy
Just like me

My heroes had the heart to lose their lives out on a limb
And all I remember is thinking, I want to be like them
Ever since I was little, ever since I was little it looked like fun
And it's no coincidence I've come
And I can die when I'm done

Maybe I'm crazy
Maybe you're crazy
Maybe we're crazy
Probably

Gnarls Barkley

janeiro 09, 2007

Sentada...

Foto: Miguel Delgado e Silva

Arrecadei as esperanças e deitei-me em meu túmulo. Não me lembro se antes , se depois de morrer... Só sei que a conversa não passava mais do que o sussurro das árvores a compactuarem um sorriso lesto comigo... assomava-se em minha direcção cada vez mais rápido cada vez mais mais e mais narcoticamente inevitável e insensível à coragem de minhas pernas que tremiam desnudadas na cadeira de seda... Era sonho? Cabisbaixei-me a ver se conhecia aquele chão. Sabia que lá fora havia luar. Havia uma luz prata a inundá-lo... Que conversa era essa... fugidia... enganadora... Trajava-se a noite de Primavera e eu não pude evitá-lo.... Sabia a sal e a pimenta esse fumo... essa corça enganadora a bater com seus passos pela floresta fora a alcançar-me... Inerte... fiquei inerte... as pernas tremiam cada vez mais... uma flor de pecado tocou-me e prendeu-se-me aos cabelos... mantive-me na cadeira... Julgamento de expulsão... crime almofada de tecto tumular, a dessa cadeira... deitei-me de mãos cruzadas no peito... deitei-me...? Acho que petrifiquei nos sete palmos... sentada...

janeiro 06, 2007

Babel....

A língua só passa a ser várias quando o ser humano se esquece que o é...