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fevereiro 22, 2007
janeiro 30, 2007
Mudez
foto: AngelicaSeguro meus lábios de encontro a meu peito...
Floresço-me devagar...
Sorrio-me devagar...
Não encontro os sonhos na pétala da tua boca...
Esqueço-me do mar
Escondo-me da vida
Frente a frente fujo-me
Limito-me a esperar de horizonte ao sol
Com a concha das flores agarrada à mão
E os olhos vidrados na nudez do sentimento
Calo-me...
esboço de
Cinza
2
forma(s) de sentir
novembro 29, 2006
Subversão
Onde se deita a luz
Onde o silêncio nos beija
Onde o vento murmura
Onde o tempo pára
Onde a voz me cega
Onde o ruído nos cruza
Ergo-me
Ergo-me em espiral
Revolta anti-oxigénio
Génio de mar
Mar revolto
Supra-sentidos soltos
Adamastora preeminente
Montanha-mel do onde
Onde...
esboço de
Cinza
3
forma(s) de sentir
Rasgos: Água, Devaneios, Nus, Preto e Branco
novembro 05, 2006
Pecado...
foto: AngelicaDevagar meus lábios entregam a luz em teu peito
Devagar o sorriso coalha na textura do silêncio
E a esperança geme-me o hálito vivo
A saliva pecaminosa da lingua
A unha crivando meu traço de arlequim
E sigo vermelha a beirinha da luz de embalar
Quadrado após quadrado germinando a sede
Quadrado após quadrado teimando o segredo
a voz
o quente
o tecido de pele
o teor de sentidos
o tremer de minhas pernas
a veia vigorosa a penetrar-me
a incorporar-me
como que desenhando-me
como que gravando-me
as linhas
as marcas
os caminhos
onde me ando...
Devagar o sorriso coalha na textura do silêncio
E a esperança geme-me o hálito vivo
A saliva pecaminosa da lingua
A unha crivando meu traço de arlequim
E sigo vermelha a beirinha da luz de embalar
Quadrado após quadrado germinando a sede
Quadrado após quadrado teimando o segredo
a voz
o quente
o tecido de pele
o teor de sentidos
o tremer de minhas pernas
a veia vigorosa a penetrar-me
a incorporar-me
como que desenhando-me
como que gravando-me
as linhas
as marcas
os caminhos
onde me ando...
esboço de
Cinza
3
forma(s) de sentir
setembro 15, 2006
Porque...
Porque às vezes me sinto sem cor
Porque às vezes não me sinto plena
Porque tem de ser assim digo-me
Porque não tenho mais para dar
Porque...
Porque ...
Porque sou eu assim eu mesma
E às vezes tão pequena porque não consigo voar...
esboço de
Cinza
10
forma(s) de sentir
Rasgos: Devaneios, Mãos, Nus, Preto e Branco
julho 31, 2006
Susurro...
foto: AngélicaA distância onde me deito
São estes lençóis que falam
São esta espera sandia que em mim cresce
E por onde se estende o olhar
O ruminar de meu corpo
O ranger de meus dentes
Os açoites desmesurados no luar fugidio
São as estrelas que caminham
São as flores semi-nuas
Por onde flutuo e esvoaço
São estas ondas meninas
São estes montes descobertos
A brisa do sorriso
A ternura do arrepio capilar
E as vozes pequeninas do mundo
E as vozes pequeninas do sonho
E as vozes pequeninas a assomarem
A prescreverem a luz...
E se esta distância onde me deito
É colo da minha quimera
Que se encurte a vista
Que se salve o sonho multicor
E a cegueira me absorva...
Essa distância onde me deito...
Esse peito meu ofegante....
Seja não mais nunca distante
E me permita ancorar...
São estes lençóis que falam
São esta espera sandia que em mim cresce
E por onde se estende o olhar
O ruminar de meu corpo
O ranger de meus dentes
Os açoites desmesurados no luar fugidio
São as estrelas que caminham
São as flores semi-nuas
Por onde flutuo e esvoaço
São estas ondas meninas
São estes montes descobertos
A brisa do sorriso
A ternura do arrepio capilar
E as vozes pequeninas do mundo
E as vozes pequeninas do sonho
E as vozes pequeninas a assomarem
A prescreverem a luz...
E se esta distância onde me deito
É colo da minha quimera
Que se encurte a vista
Que se salve o sonho multicor
E a cegueira me absorva...
Essa distância onde me deito...
Esse peito meu ofegante....
Seja não mais nunca distante
E me permita ancorar...
esboço de
Cinza
7
forma(s) de sentir
julho 26, 2006
Amanheço

foto: ABrito
Despertei plena...
Braços cruzados no ventre
Lábios rasgados pela sede saciada
Julguei-me sentada a teu colo
Castigo...
Castigo sôfrego...
De teu julgamento...
Não existiam rostos
Não existiam mãos
Não existiam olhos
Apenas a luz...
A luz intra-corpo
A luz intra-sonho
A luz...
A luz...
A penetrar...
A balouçar
Salvação máxima
Alcançada pela pena cumprida
De te ter...
De nos termos...
De despertar e ver o espelho-água
Gritando às ondas o sorriso dessa entrega...
Braços cruzados no ventre
Lábios rasgados pela sede saciada
Julguei-me sentada a teu colo
Castigo...
Castigo sôfrego...
De teu julgamento...
Não existiam rostos
Não existiam mãos
Não existiam olhos
Apenas a luz...
A luz intra-corpo
A luz intra-sonho
A luz...
A luz...
A penetrar...
A balouçar
Salvação máxima
Alcançada pela pena cumprida
De te ter...
De nos termos...
De despertar e ver o espelho-água
Gritando às ondas o sorriso dessa entrega...
esboço de
Cinza
3
forma(s) de sentir
Rasgos: Devaneios, Nus, Preto e Branco
junho 25, 2006
Sufocar
É nas lágrimas que permaneço
É na chuva desse odor
Curvo-me solene ao reencontro
Busco-me
É nas lágrimas que reencontro
É na chuva dessa dor
Ergo-me desgrenhada em fusão
Encontro-te:
respiração ausente
olhar orbitalmente ausente
frio, calor intermitentemente
presentes no ausente
de te ter presente: AQUI!!!!
esboço de
Cinza
13
forma(s) de sentir
junho 18, 2006
Escreve-te...
foto: AngélicaNão me olhes mais os lábios
Não te sentes mais nos meus olhos
Ergue-te e acolhe a minha pele
Ergue-te e submerge-te nos meus cabelos
Não sorrias isoladamente
Não caminhes isoladamente
Vem nessa nuvem bem devagarinho
Vem e caminha com teus dedos
o suor da tua face
o rubor de teu peito
tictacteando nas linhas de meu corpo
eriçando-me in utero ao demais na luz
no semblante desse toque
Roça-me
Emerge-me
Rasga em mim as letras desse poema
como se me vincasses o solarengo amanhecer
na epiderme em que me visto
Escreve-me...
Arranca em mim o gemer dessa tinta
como se me matasses na fúria desse acontecer
a sede de me teres escrito...
deixa em mim a tua escrita...
esboço de
Cinza
8
forma(s) de sentir
maio 29, 2006
Lifrep...
Recorto-me... dentro do véu inofensivo a cobrir-me os olhos...
Recorto-me e esmago-me na insensibilidade de me decorar
Sei-me...
Insana apareço-me em nocturno vazio de meus seios capilares a gemerem na agonia do eu a pedir tanto esse abominar...
Vomito a dor dentro de mim...
Não sei mais apagá-la...
Engulo-a sem suster a respiração e emudeço...
Travo a laranjeira carcomida por vermes..
Neutralizar-me em esperança desfeita...
Desfazer-me em pedaços mãos espalhados no puzzle por desenhar...
Desconheço esse bem-estar da luz...
Sinto-a a percorrer a aura plena da manhã sandia
Finjo usar a máscara...
Finjo arrancá-la de mim mesma, toda, única
Finjo, de uma vez só, sugá-la de minhas entranhas
Não tenho mais em mim que retalhos...
Recorto-me...
Rendo-me à sofreguidão anterior a mim mesma
Anulo-me em frenética exaustão de decadência
Mariposa em murcho rebento a estilhaçar-se
Fugidia...
Armada de tesouras linha após linha...
Num enfeite
Num percurso consciente dessa ausência
De poder tanto quanto quero: RECORTAR-me
esboço de
Cinza
6
forma(s) de sentir
Rasgos: Água, Devaneios, Nus, Preto e Branco
maio 25, 2006
Não...
No conteúdo da rejeição, absorvo o cimo demente da trepidez incolor de ter-me. Aceito a névoa a sulcar-me o corpo, enterrando-o noite fora... Absorvo densamente o teu "não" a aglutinar-se-me à face. Traços já pré-existentes obrigam-me a aceitar essa pequena negação transmutando-a em abismo amplificado. Sou o eu sem aceitar essa palavrinha decontradição em relação a mim mesma. Contextualizo-a numa infame proporção, elevando-a ao estado maior dessa significância. Perdoar-me a mim mesma se conseguires ver-me nesse perdão...
esboço de
Cinza
1 forma(s) de sentir
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