janeiro 29, 2006

Plumas...


"Pés para que os quero, se tenho asas para voar?"

Frida Kahlo<<visit me

7 comentários:

Anónimo disse...

oi

Acerca desta frase, apenas uma frase para pensar (ou não!)...Será que já havia Red Bull no tempo da Frida Kalo??Red Bull dá-te aaaasssaaaaasssss!!!!

Também queria partilhar 3 pequenas pétalas: a primeira coincidentemente até tem a ver com a frase que partilhaste e com o rosto que lhe deu voz; as outras duas acho que reflectem bem aquilo que fazes neste blog e aquilo que dá sentido à tua existência. Encontrei-as numa revista e pensei em ti. è bom encontrar coisas escritas de alguém que, um dia, também pensou como nós por vezes pensamos e que o consegue transpor em letras de uma forma muito simples. Como não sabia onde colocar, deixo-te aqui:

"Era exacto que eu não queria aprender como vão as coisas neste mundo(...). Eu não queria aprender, se aprender significa o mesmo caminho. Defendia-me da aprendizagem que conduzia á imitação (...). Acabei por me aproximar da realidade mas por outros caminhos, diferentes dos que ela pressentia e até talvez eu próprio. Um dos caminhos que leva à realidade passa com efeito pela pintura. Não creio que exista melhor. Apoiamo-nos no que nela não se modifica e retiramos dela o que incessantmente è imutável. Os quadros são como que teias que tornam tangivel o que nelas se prende. Muito se escapa, muito se desfaz, mas retomam-se as tentativas, transportam-se os fios connosco, lançamo-los e enriquecemo-nos com as suas presas. É no entanto importante que os quadros existam fora do ser, porque nele estão submetidos á mudança. É necessário que haja um local onde o individuo os possa reencontrar, intactos e não apenas ele mas cada um que sinta a incerteza". (Canetti, 1982)

"A arte é uma das clareiras do real, permite-nos pelo ultrapassar do conhecimento comum refazer e reconstruir a experiência a um nivel mais abstracto e transcendente".

"Em geral todos vivemos adormecidos, não despertamos verdadeiramente. A maior parte da nossa vida decorre numa inconsciência quase total. Há momentos trágicos, de grande alegria ou cruciais; no entanto todos vivemos no minimo. Isto é normal, é a propria normalidade. Na história da especie humana, da consciência, é a arte que nos desperta" (Susan Sontag, 1982)

AMRevez disse...

Em vez da metafísica, não preferes a infrafísica? Quando alguém explicita em vaidade "promocional" ou em registo identitário uma qualquer predilecção pela meta-física, lembro-me logo de uma frase de Woody Allen: "Cloquet odiava a realidade, mas achava que era o único sítio possível para se comer um bife". Ou, numa linha mais nietzscheniana e psicanalítica, dizer também que muitas vezes ir para além da física é já a aprovação do ressentimento para com a realidade, ou uma forma subliminar de culpá-la...

Ludmila disse...

Quando se usa as palavras como que vestes usadas e se as deixa espalhadas no chão é de um vazio tremendo... O que vale é que elas (as palavras e não só...) passam... Deixando um vazio ou a plenitude de gravar uma pele com outra pele...
Acima fica o vazio... Dentro fica a pele marcada! Keep it...

AMRevez disse...

É por isso é que muitos fornicam vestidos.

Ludmila disse...

É por isso que muitos nem chegam a tanto... por terem pele demais para tão pouco interior...
Eternas incompatibilidades...
... E finalmente o silêncio!

AMRevez disse...

desconhecia que a riqueza interior era condição da fornicação... consta que é um pouco o contrário..
quanto às incompatibilidades, é uma questão de vontade. Há quem prefira torná-las definitivas ao mínimo pretexto...

Anónimo disse...

frida! a dama-d-ferro :) tb adoro pintar, mas inda n descobri o k m fax voar... oh! o aviao, pois claro ;) adoro viajar!!!!