novembro 29, 2006
novembro 18, 2006
A ti Mário...
7
Eu não sou eu nem sou o outro
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro.
Eu não sou eu nem sou o outro
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro.
Mário de Sá-Carneiro
(Lx, fev, 1914)
esboço de Cinza 3 forma(s) de sentir
Rasgos: Escritores, Retratos
novembro 13, 2006
Passeio
Damos os mesmos passos
de mar ausente
A areia grava-nos lado a lado
caleidoscópio granífero
Damos os pequenos passos
de mão presente
A líquida salgada a levitar-nos
em ondas ferozes
Damos...
de mente inversa
desavessando-nos
lentamente
suavemente
no correr de sedas
em lençóis de água
em bancos de areia
e o crepitar de folhas
(em nossos pés)
quase a queimar-nos
violentamente
no embaraço digital
de nossas pegadas...
A areia grava-nos lado a lado
caleidoscópio granífero
Damos os pequenos passos
de mão presente
A líquida salgada a levitar-nos
em ondas ferozes
Damos...
de mente inversa
desavessando-nos
lentamente
suavemente
no correr de sedas
em lençóis de água
em bancos de areia
e o crepitar de folhas
(em nossos pés)
quase a queimar-nos
violentamente
no embaraço digital
de nossas pegadas...
esboço de Cinza 6 forma(s) de sentir
novembro 05, 2006
Pecado...
foto: Angelica
Devagar meus lábios entregam a luz em teu peito
Devagar o sorriso coalha na textura do silêncio
E a esperança geme-me o hálito vivo
A saliva pecaminosa da lingua
A unha crivando meu traço de arlequim
E sigo vermelha a beirinha da luz de embalar
Quadrado após quadrado germinando a sede
Quadrado após quadrado teimando o segredo
a voz
o quente
o tecido de pele
o teor de sentidos
o tremer de minhas pernas
a veia vigorosa a penetrar-me
a incorporar-me
como que desenhando-me
como que gravando-me
as linhas
as marcas
os caminhos
onde me ando...
Devagar o sorriso coalha na textura do silêncio
E a esperança geme-me o hálito vivo
A saliva pecaminosa da lingua
A unha crivando meu traço de arlequim
E sigo vermelha a beirinha da luz de embalar
Quadrado após quadrado germinando a sede
Quadrado após quadrado teimando o segredo
a voz
o quente
o tecido de pele
o teor de sentidos
o tremer de minhas pernas
a veia vigorosa a penetrar-me
a incorporar-me
como que desenhando-me
como que gravando-me
as linhas
as marcas
os caminhos
onde me ando...
esboço de Cinza 3 forma(s) de sentir
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