Portões de sabre
Apeteceu-me pintar a cara de negro e integrar-me na solidão azul da noite a fazer-se de meu cobertor... Era já tarde para me fundir no rosto da noite... Era já tarde para adormecer no corredor paralelo ao índice supremo dos meus sentimentos confusos expulsados em colorido pela íris de uma florzinha sem pétalas... esvoaçada por um simples sopro...
Era inevitável encontrar os sapatinhos vermelhos debaixo da cama junto do rabinho do gato adormecido e esquecido ao pó... o gato vermelho que ambos, tu e eu fizemos de árvores só porque não nos apetecia chorar as lágrimas devidas... Promete-me... promete-me uma coisa muito simples... muito clara: não me deixes adormecer até transformar a energia desta fresta em novidade e estranhamento de petulâncias e infantis medidas sociais do dia a dia. Trevo da sorte em toda a rua verde à volta do castelo... ergue-se a ponte levadiça.. ergue-se e abate-se sobre o chão... vejo tuas listras no ventre... é madrugada... já se abrem e ouço teu choro a dizer , o coração a ficar, os olhos a vidrar e o corpo a partir...
Era inevitável encontrar os sapatinhos vermelhos debaixo da cama junto do rabinho do gato adormecido e esquecido ao pó... o gato vermelho que ambos, tu e eu fizemos de árvores só porque não nos apetecia chorar as lágrimas devidas... Promete-me... promete-me uma coisa muito simples... muito clara: não me deixes adormecer até transformar a energia desta fresta em novidade e estranhamento de petulâncias e infantis medidas sociais do dia a dia. Trevo da sorte em toda a rua verde à volta do castelo... ergue-se a ponte levadiça.. ergue-se e abate-se sobre o chão... vejo tuas listras no ventre... é madrugada... já se abrem e ouço teu choro a dizer , o coração a ficar, os olhos a vidrar e o corpo a partir...